Texto perdido na HD que nunca deveria ser publicado.
Meu novo chefe paraíba anda perturbando antigos dogmas aqui na câmara. Ha mais de dez anos eu chego aqui no trampo, tomo um cafezinho, acendo um cigarro, pego A Tribuna e vou dar minha cagada matinal. Isso leva cerca de 25 minutos. E há mais ou menos uns dois meses, o paraíba que antes de falar algo, emite um ruído estranho, veio me apertar no topo de sua altura hierárquica de chefe:
- Hurg, você demora muito no banheiro.
- Pois é. - Falei na insignificância de meu cargo - Prisão de ventre, sabe...
- Wurr, e porque voce não faz em casa? Você perde meia hora de tempo produtivo lá dentro do banheiro.
Imediatamente me recordei do caso do canadense George Austin, o mártir dos funcionários públicos que em 1984 foi proibido de cagar remunerado e numa fantástica e dolorosa greve de fazer coco, convocou toda população que comovida com os maus tratos do servidor, exigiu um plebiscito que refez toda a política do funcionalismo publico mundial, estabelecendo assim, os “Sagrados trinta minutos no banheiro do trabalho”. E antes de abrir o bico e verborrarizar em direcao ao carrasco que oprimia minhas necessidades fisiológicas, lembrei- me também que sou cargo confiança e não possuo nenhuma garantia de emprego. E com o peito cheio de ar, respondi ao atarracado:
- Você sugere que eu tenha que acordar uma ou duas horas mais cedo pra cagar na minha casa?? É isso mesmo que você esta me propondo??
- Huuf, exatamente.
- Ok, vou tentar.
Hoje em dia eu não mais cago no trampo, emprego ta difícil. Mas garanto que meu chefe consome 90% de meus peidos profissionais. E ele não pode reclamar:
- Uffug! Que cheiro! Você veio de sua sala pra peidar aqui?
- Não, eu vim lhe entregar a primeira folha da planilha do relatório de despesas. Ate o fim do dia , lhe trago as outras oito ou nove que faltam. E sem perder tempo produtivo.
sexta-feira, agosto 04, 2006
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