sexta-feira, junho 30, 2006

Contem material baseado em fatos reais.


O sujeito me adiciona no MSN. Ele atende por Homero e me chama:
- É você que escreve no site do Abobra?
Como são perfeitamente normais e comuns essas perguntas, eu respondo com sinceridade e compreensão:
- Que site? Que eu saiba aquilo ainda é uma merda de um blog.
- Sim, no blog.
Novamente, minha delicadeza:
- Olha, funciona assim: Quando você lê "Publicado por Velho" muito provavelmente foi escrito por mim.
- Sei (pausa) você se acha, né?
Porra, o cara se deu ao trabalho de me adicionar no MSN pra me provocar? pensei. E respondi dando area:
- Olha, to cheio de trampo aqui. Era só isso que você queria falar?
- Calma, não quero te incomodar, muito pelo contrario...

O resumo é que esse tal de Homero pediu alguns textos meus, pois pretendia publicar algo em papel. Passei-lhe alguns links , esqueci a conversa e o deletei da lista . Passado mais ou menos um mês, novo contato de Homero:
- Velho, você é de Santos mesmo?
- Bom dia.
- Perdão, bom dia, mas você é de Santos mesmo?
- Sou.
- Preciso falar pessoalmente com você.
- Humm. Pra que?
- Os textos foram bem aceitos. Temos que fazer algumas edições e acertar os detalhes.
O medo se fez em calor nas minhas orelhas. O que “sou” na Net é antagônico a minha realidade. E na cautela, fui respondendo:
- Olha bicho, esses lances que escrevo são como um hobby, não leva isso a serio não.
- Deixa explicar, eu trabalho com editoras, apresentei alguns textos e o pessoal se interessou.
- Putz cara, quantos anos esse "pessoal" tem 16 ,17? Como alguém que faz algo concreto pode ter essa idade? Esquece.
- Velho, você esta se depreciando e não é bem por ai.
O ego. Um argentino que vive dentro de nos, como já li por ai. O terrível e torpe ego que ocupa caixas devastadoras. Acabei anotando o telefone de Homero e fiquei de marcar um encontro com o "pessoal" que se "interessou".

A primeira roubada que entrei por causa da NET , foi a festa do copo vermelho. Saber se eu estava entrando na segunda, só pagando e indo de novo ate Sao Paulo pra ver. E eu fui.

Continua.

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