E foi assim.
Sem avisar ninguém. Um dia me sentei na frente do PC e não sabia mais o que fazer com o teclado. Minhas mãos antes ligeiras em acompanhar meus pensamentos , agora estranhavam o que escreviam, se é que se pode chamar assim , apertar botões num layout.
E do prazer egocêntrico de contar estórias, era um ébrio que acordara envergonhado pelo excesso anterior, odiando seu próprio cheiro, fustigado pela consciência sóbria. Leva-me a deriva, nos mares de letras compostas em textos, por vezes ridículos e por maioria comuns, na descoberta aflita da banalidade do que li escrito por mim. Mesmo o rebusco que abuso aqui e pensei ser disfarce ideal, se desfez na chuva, revelando a falta de cuidado em cores berrantes se diluindo e expondo um muro caiado, ordinário e sem cuidado. A aflição se faz vergonha assumida, quando me puno em voz alta:
- Bicho, como eu escrevi merda na net...
terça-feira, outubro 10, 2006
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